quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Oxaguiâ & Ajagunâ

as qualidades de Oxala , oxaguia, oxalufa, ajala, orinxala  Orixá Oxalá, uns dos vários caminhos (tipos) pelos quais são  chamados no candomblé do  orixá Oxalá (Oxoguian Oxaguian, Oxaguiã, Oxalufan…)
Oxalá Ajagemo: Para o qual durante a sua festa anual em Edé, dança-se e representa-se com mímicas, um combate entre ele e Oluniwi, no qual este último sai vencedor.
Oxalá Akire ou Ikire: É um valente guerreiro muito rico que transforma em surdo e mudo a quem o negligencia.
Osalá Alase ou Olúorogbo: Salvou o mundo fazendo chover num período de seca.
Oosaalá Etéko: Caminha com Oxaguiã, é inquieto. Vive nas matas e come todo o tipo de carne branca.
Oxalá Eteto Obá Dugbe: Outro guerreiro, ligado a Orixalá.
Oxalá Lejugbe: é muito confundido com Oxalufan; por ser vagaroso e indeciso. Muito chegado a Ayrá. Come com Yemanjá e Oxalufan. Come também todo tipo de carne branca.
Oxalá Obatalá: É o mais velho dos orixás. O grande rei branco; raiz de todos os outros Oxalás. Ele não é feito, faz-se Ayrá ou Oxum Opara. É o pai de Oxalufan que por sua vez é o pai de Oxaguiã. Por ser muito grande e poderoso, Obatalá não se manifesta, sua palavra transforma-se imediatamente em realidade. Representa a massa, o ar, as águas frias e imóveis do começo do mundo, controla a formação dos novos seres, é o senhor dos vivos e dos mortos.
Ooxaalá Okó: Divindade da agricultura e colheita dos inhames novos e a fertilidade da terra. Orixá Nagô, pouco conhecido no Brasil. Na época da chegada dos escravos, não deram muita importância a este orixá, considerando como orixá da agricultura, em seu lugar Ogum e dos grãos Obaluaiyê. Quando se manifesta leva um cajado de madeira que revela sua relação com as árvores, traz uma flauta de osso que lembra sua relação com a sexualidade e a fertilidade. É confundido com Oxalá, pois veste-se de branco. Seu Opaxoró, no Brasil, é confeccionado em madeira. Sendo um Orixá raro, tem poucas qualidades conhecidas. É um Orixá rico.
Aparamentas do orixá oxala, as roupas do orixá Oxalá Olofon Ajigúna Koari: Aquele que grita quando acorda (conhecido pelo nome de Oxalufan).
Oxalá Orinxalá, Orixalá ou Obatalá: É casado com Yemanjá, suas imagens são colocadas lado a lado e cobertas com traços e pontos desenhados com efum, no Ilésin, local de adoração, dizem que Yemanjá foi a única mulher de Orixalá um caso excepcional de monogamia entre orixás e eborás.
Oxalá Oxalufã (Orixá Olú Fon): Orixá velho e sábio, cujo templo é Ifón pouco distante de Oxogbô, a cerimónia de saudações é de dezasseis em dezasseis dias. Orixá muito velho, de idade avançada, aleijado, lento, movendo-se com muita dificuldade. Dança apoiado no opaxoró. Treme de frio e velhice. Detesta a violência, disputas e brigas. Não come sal e nem dendê; odeia cores fortes, principalmente o vermelho. A ele pertencem os metais e substâncias brancas; não suporta cavalos.
Oxalá Osoguiã ou Oxaguian (Orixá Ogiyan): Orixá jovem e guerreiro, cujo templo principal se encontra em Ejigbô. Tomou o título de Eleejigbô Rei de Ejigbô uma de suas características e o gosto pelo inhame pilado chamado lyán, que lhe valeu o apelido de Orisa-Je-Iyán ou Orisájiyan. A tradição exige que os habitantes de dois bairros Xolô e Oké Mapô lutem uns contra os outros a golpes de varas. É o único que tem autorização de enfeitar seus colares brancos com pedras azuis, chamadas Seguy. Está ligado ao culto de Iroko e dos espíritos, assim como a fertilidade e o culto ao inhame. É o pai de Oxossi Inlé, come com Ogunjá, Oxossi Inlé, Airá, Exu, Oyá e Onira. Tem muito fundamento com Oyá pois, é o dono do Atori, fundamento que lhe foi dado por ela, motivo pelo qual as pessoas de Guian devem agradar muito a Oyá. Vem pelos caminhos de Onira; tem ligação forte com Exu. Seus filhos devem evitar brigas e mentiras e principalmente, não devem enganar a Ogum.
Oxalá Ogiyan Ewúlee Jiigbo: Senhor de Ejigbô (conhecido pelo nome de Oxaguiã)
Oxalá Ajagemo: Para o qual durante a sua festa anual em Edé, dança-se e representa-se com mímicas, um combate entre ele e Oluniwi, no qual este último sai vencedor.
Oxalá Akire ou Ikire: É um valente guerreiro muito rico que transforma em surdo e mudo a quem o negligencia.
Oxalá Alase ou Olúorogbo: Salvou o mundo fazendo chover num período de seca.
iba assentamento de oxala, oxaguia, oxalufa Oxalá Etéko: Caminha com Oxaguiã, é inquieto. Vive nas matas e come todo o tipo de carne branca.
Oxalá Eteto Obá Dugbe: Outro guerreiro, ligado a Orixalá.
Oxalá Lejugbe: é muito confundido com Oxalufan; por ser vagaroso e indeciso. Muito chegado a Ayrá. Come com Yemanjá e Oxalufan. Come também todo tipo de carne branca.
 Oxalá Obatalá: É o mais velho dos orixás. O grande rei branco; raiz de todos os outros Oxalás. Ele não é feito, faz-se Ayrá ou Oxum Opara. É o pai de Oxalufan que por sua vez é o pai de Oxaguiã. Por ser muito grande e poderoso, Obatalá não se manifesta, sua palavra transforma-se imediatamente em realidade. Representa a massa, o ar, as águas frias e imóveis do começo do mundo, controla a formação dos novos seres, é o senhor dos vivos e dos mortos.
Oxalá Okó: Divindade da agricultura e colheita dos inhames novos e a fertilidade da terra. Orixá Nagô, pouco conhecido no Brasil. Na época da chegada dos escravos, não deram muita importância a este orixá, considerando como orixá da agricultura, em seu lugar Ogum e dos grãos Obaluaiyê. Quando se manifesta leva um cajado de madeira que revela sua relação com as árvores, traz uma flauta de osso que lembra sua relação com a sexualidade e a fertilidade. É confundido com Oxalá, pois veste-se de branco. Seu Opaxoró, no Brasil, é confeccionado em madeira. Sendo um Orixá raro, tem poucas qualidades conhecidas. É um Orixá rico.
Oxalá Olofon Ajigúna Koari: Aquele que grita quando acorda (conhecido pelo nome de Oxalufan).
Oxalá Orinxalá, Orixalá ou Obatalá: É casado com Yemanjá, suas imagens são colocadas lado a lado e cobertas com traços e pontos desenhados com efum, no Ilésin, local de adoração, dizem que Yemanjá foi a única mulher de Orixalá um caso excepcional de monogamia entre orixás e eborás.
 Oxalá Oxalufá (Orixá Olú Fon): Orixá velho e sábio, cujo templo é Ifón pouco distante de Oxogbô, a cerimónia de saudações é de dezasseis em dezasseis dias. Orixá muito velho, de idade avançada, aleijado, lento, movendo-se com muita dificuldade. Dança apoiado no opaxoró. Treme de frio e velhice. Detesta a violência, disputas e brigas. Não come sal e nem dendê; odeia cores fortes, principalmente o vermelho. A ele pertencem os metais e substâncias brancas; não suporta cavalos.
Oxalá Osoguiã ou Oxaguian (Orixá Ogiyan): Orixá jovem e guerreiro, cujo templo principal se encontra em Ejigbô. Tomou o título de Eleejigbô Rei de Ejigbô uma de suas características e o gosto pelo inhame pilado chamado lyán, que lhe valeu o apelido de Orisa-Je-Iyán ou Orisájiyan. A tradição exige que os habitantes de dois bairros Xolô e Oké Mapô lutem uns contra os outros a golpes de varas. É o único que tem autorização de enfeitar seus colares brancos com pedras azuis, chamadas Seguy. Está ligado ao culto de Iroko e dos espíritos, assim como a fertilidade e o culto ao inhame. É o pai de Oxossi Inlé, come com Ogunjá, Oxossi Inlé, Airá, Exu, Oyá e Onira. Tem muito fundamento com Oyá pois, é o dono do Atori, fundamento que lhe foi dado por ela, motivo pelo qual as pessoas de Guian devem agradar muito a Oyá. Vem pelos caminhos de Onira; tem ligação forte com Exu. Seus filhos devem evitar brigas e mentiras e principalmente, não devem enganar a Ogum.Oxalá Ogiyan Ewúlee Jiigbo: Senhor de Ejigbô (conhecido pelo nome de Oxaguiã).

sábado, 1 de outubro de 2011

60 ANOS SEM LINO GUEDES




     Olhar a estrada que ficou para trás é também descobrir marcas do protagonismo afro-brasileiro ao longo da história.

     Ao invés do papel passivo de coadjuvantes a que nos relegam a historiografia e os relatos “oficiais”, em cada ponto dessa estrada redescobrimos uma associação, uma entidade, um militante que deixou marcas que resistiram às tentativas de invisibilização.
Este é o caso do poeta e jornalista Lino Guedes.

     Há dúvidas sobre a data de nascimento de Lino Guedes, uns autores dizem que foi em 1897, outros afirmam que foi em 1906.

     De todo modo, Lino Guedes faleceu em 1951. Portanto neste ano de 2011 completam-se sessenta anos de seu desaparecimento.

     Poeta, romancista, ensaísta, Lino colaborou com vários jornais, dentre eles Diário do Povo, Correio Popular, Folha da Noite e Diário de São Paulo. Atuou na imprensa negra, entre 1923 e 1924 no semanário Getulino, sendo, posteriormente, editor do jornal Progresso. Publicou, dentre outros livros, “O Canto do Cisne Preto” (1926); “Ressurreição Negra (1928); “Urucungo” (1936); “Negro Preto Cor da Noite” (1936).

     Dotado do mesmo objetivo de “elevação da raça” que norteia ações de entidades como a Frente Negra, por exemplo, Lino Guedes faz de seus escritos uma constatação lírica das desigualdades e da necessidade de ressurreição moral do povo afro.

     Aliás, é interessante notar como num pós-abolição em que eram altos os índices de desemprego e analfabetismo entre a população negra, mostra-se forte a crença na atividade jornalística, literária e educacional como um meio de vencer as adversidades.

     Escrevendo majoritariamente poesia, Lino faz do povo negro o personagem principal de seus versos, os quais não negam as atrocidades da escravidão e do racismo, mas transformam o que deve ter sido intensa dor numa experiência estética de superação. Também é recorrente a ideia de que um comportamento moral exemplar é necessário para que a aceitação do negro seja maior por parte da sociedade. Isso faz com que a poesia de Lino Guedes se mostre singela, formalmente distante dos anseios revolucionários de um Solano Trindade, por exemplo, mas a necessidade de expressão por vezes extrapola os limites corretos em que precisa se enquadrar.

     Outra faceta interessante é o fato de Lino mostrar a mulher negra em sua poesia de uma forma muito lírica e próxima. É como se pudéssemos visualizar sua Ditinha, lembrando-nos de namoradas, esposas, irmãs, primas, vizinhas....

     Lino tem o mérito de trazer o povo negro como protagonista de sua literatura e foi um dos autores que mais publicou.

     Seguem abaixo dois poemas:

NOVO RUMO!

Negro preto cor da noite,
Nunca te esqueças do açoite
Que cruciou tua raça.
Em nome dela somente
Faz com que nossa gente
Um dia gente se faça!
Negro preto, negro preto,
Sê tu um homem direito
Como um cordel posto a prumo!
É só do teu proceder
Que, por certo, há de nascer
A estrela do novo rumo!
       (Negro preto cor da noite, 1936)


DITINHA

Penso que talvez ignores,
Singela e meiga Ditinha,
Que desta localidade
És a mais bela pretinha:
Se não fosse profanar-te,
Chamar-te-ia... francesinha!

Então, quando vais à reza
Com teu vestido de cassa,
Não há mesmo quem não fale,
Orgulho da minha raça:
– Olha que preta bonita
E que andar cheio de graça!...

Se às vezes sorrio, a esmo,
Não me tomes por caduco.
Com teu vulto nos meus olhos,
Ando como aquele turco
Que, doloroso destino,
Ao te ver, ficou maluco...

Ah! Se souberas, Ditinha,
Que por sob essa aparente
Frieza, (quem tal diria!...)
Eu peço constantemente,
A Deus que um dia nos ponha
Numa casinha sem gente...
       (Dictinha, 1938)

Fontes:
http://www.portalafro.com.br/linoguedes.htm
http://www.palmares.gov.br/?p=1892