segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sudão do Sul, o mais novo país do mundo está no Continente Africano

Salva Kir, fazendo seu prounciamento sobre o resultado do referendo.
O Sudão do Sul se tornou oficialmente às 0h:01 locais deste sábado (18h01 desta sexta-feira em Brasília), 0h01 de sábado, hora local) o mais novo país do Continente Africano e o do mundo, ao se tornar independente do restante do Sudão, tendo o governo do presidente sudanês Omar Bashir reconhecido formalmente a independência da parte sul do seu país, no dia de hoje em Juba, onde centenas de pessoas comemoram logo após o horário oficial da separação do novo país, em uma explosão de alegria brindou o início do primeiro dia do mais novo país do mundo.
«Somos livres, somos livres. Adeus Norte. Bom-dia felicidade!», gritava uma sul-sudanesa, Mary Okach, citada pela agência noticiosa francesa AFP.
Hoje na cerimônia da independência do «dia um» da nova nação estão presentes autoridade de vário países de todo o mundo, entre os quais o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon que foi recepcionado em Juba pelo presidente interino do Sudão do Sul, Salva Kiir Mayardit.
Um representante do Vaticano também está presente, uma vez que o Sudão do Sul é um país de maioria católica, ao contrário da república islâmica do Sudão, da qual fez parte até agora. As autoridades sudanesas de Cartum foram das primeiras a reconhecer o novo país do Continente Africano.
Com a bandeira do novo país sudanêses do sul comemoram a independência.
Os festejos deste sábado incluem homenagens ao líder histórico rebelde John Garang, que morreu num acidente de helicóptero em 2005, sete meses depois dos acordos de paz entre as duas regiões.
UM POUCO SOBRE A LUTA PELA INDEPENDÊNCIA
A votação esmagadora em favor da separação, no referendo do Sudão do Sul, no qual participaram 99% dos sul-sudaneses abriu definitivamente caminho à independência do 54.º país africano. A data foi marcada para o di 9 de Julho e o povo do Sudão do Sul prepara-se para a celebrar, apesar das dificuldades e das incertezas que assombram o seu futuro.
O processo de votação só terminou em 15 de janeiro e a apuração foi realizada com muita cautela e numerosas revisões, para que se anunciasse o resultado que se esperava: 99% dos habitantes do Sudão do Sul votaram pela independência em relação ao Sudão do Norte, onde a porcentagem também foi majoritária, com 58% dos votos a favor da separação. O referendo sobre a autodeterminação que será respeitado no norte do novo país, pelo Presidente Omar al-Bashir foi possível devido ao acordo de paz firmado em Janeiro de 2005 – seis meses antes da morte de John Garang, e seu resulado foi anunciado no mausóleu que leva o nome do líder histórico dos rebeldes sulistas. O acordo de paz firmado entre o Norte (muçulmano) e o Sul (cristão) determinava que, por meio de um referendos sudaneses deveriam escolher livremente sobre a separação e com seu resultado, em 9 de julho próximo se dará a criação efetiva de um novo país, com o que se porá fim a uma guerra civil de quase um quarto de século, que deixou milhões de mortos e deixou clara a incompatibilidade entre duas culturas segregadas territorialmente.
O caminho com o resultado favorável do referendo, está aberto para o nascimento de um novo país: o 54.º no Continente Africano e o 193.º a nível mundial.
Salva Kiir Mayardit, antigo guerrilheiro e sucessor de John Garang na presidência do territócio sul do Sudão lembrou no seu discurso todos os que perderam a vida durante os 21 anos de guerra civil. “Quero que eles e as suas famílias saibam que não morreram em vão.” “Garanti que vocês, sulistas, iriam votar em mais de 90% [a favor da hipótese da independência] e vocês deram-me razão.

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